História do Matadouro


Matadouro de Peixinhos
O Matadouro construído na Cabanga funcionou até 1919 quando foi transferido para um novo local à margem do rio Beberibe, limite dos municípios do Recife e Olinda, no bairro de Peixinhos. Diz-se que esta denominação – Peixinhos – foi dada pelos primeiros moradores do local que se reportavam a um rio que era utilizado tanto para lavar roupas, tomar banho quanto para pescar peixinhos, que haviam em grande quantidade. Mesmo depois de identificarem esse rio como Beberibe, a referência ao “rio de peixinhos”já fazia parte do imaginário dos moradores do local. 
O primeiro passo para o seu estabelecimento foi dado pelo prefeito Archimedes de Oliveira; quando fechou contrato com o engenheiro civil e bacharel em Direito Joaquim José de Almeida Pernambuco. Tudo abrigado em 15 blocos. O material utilizado na sua construção foi importado: o ferro veio da França e serviu para formar a estrutura de coberta; os azulejos que cobriam todas as paredes, as telhas e os vidros vieram da Europa.

A sua construção bem como a da Fábrica Fosforita Olinda S/A, em 1957, atraiu um grande número de trabalhadores, o que deu origem à população de Peixinhos.

Na década de 1970, há quase meio século de sua inauguração, o governo do estado de Pernambuco desativou o Matadouro de Peixinhos alegando descumprimento das normas para o seu funcionamento, exigidas pelo governo federal em todo o território nacional. Sua desativação provocou desemprego e muito prejuízo sócio- econômico à comunidade de Peixinhos.
Inclusive, o local transformou-se num ponto de tráfico de drogas, violência e morte, até que, no início dos anos 1990 vários grupos culturais da comunidade iniciaram o resgate daquele espaço. Por decreto municipal de 1980, assinado pelo prefeito Gustavo Krause, o Matadouro se tornou sítio histórico. Durante a gestão do Prefeito Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti, em 1985, grande parte da estrutura do Matadouro de Peixinhos foi demolida para surpresa dos moradores do bairro. A denúncia e o apelo de vários segmentos da sociedade conseguiu interromper a ação da Prefeitura, entretanto, poucos blocos ficaram de pé e toneladas